E o 47.º presidente dos Estados Unidos da América é Donald Trump. O empresário republicano que já havia sido presidente arrecadou ontem 71 289 102 votos populares (51%) e 277 votos no colégio eleitoral, enquanto que Kamala Harris ficou-se pelos 66 360 291 votos populares (47,5%) e 224 votos no colégio eleitoral.
Com esta vitória, Donald Trump volta à Casa Branca, mas num contexto internacional muito mais complexo. Se no seu primeiro mandato, Trump intensificou a guerra econḿica com a China, o panorama externo é actualmente marcado pela escalada armamentista.
Por esta razão, os próprios EUA estão a sofrer consequência internas com o aumento da inflação, com a Reserva Federal a decretar taxas de juro num intervalo entre os 4,75% e 5,00%, associado a uma taxa de desemprego que se situava nos 4,1% em Setembro, superior ao período homólogo do ano passado.
O que se esperava está a acontecer, na medida em que tanto a vitória de Trump ou a vitória de Kamala salvaguardariam os interesses do grande capital. De acordo com a imprensa especializadas, os resultados eleitorais estão já a ter consequências de valorização nas bolsas, um claro sinal de que o capital especulativo está agradado com o desfecho da corrida eleitoral.
Por Portugal, num espírito de subserviência, Luís Montenegro já congratulou o novo presidente americano pela rede social X, tendo escrito: «Parabéns, Presidente Donald Trump. Estou empenhado em trabalharmos em colaboração estreita, no espírito da longa e sólida relação entre Portugal e os Estados Unidos, a nível bilateral, da NATO e multilateral».
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia publicou uma nota na qual afirmou: «não temos ilusões sobre o presidente americano eleito, que é bem conhecido na Rússia, e sobre a nova composição do Congresso, onde os republicanos, segundo dados preliminares, estão a ganhar vantagem. A elite política dominante nos Estados Unidos, independentemente da filiação partidária, adere a atitudes anti-russas e à linha de 'contenção de Moscou'».
Já a China, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que «a política da China nos EUA é consistente e clara. Vemos e lidamos com nossas relações com os EUA sob os princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação mútua».
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