De acordo com os primeiros dados oficiais avançados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), os partidos do Grande Pólo Patriótico, que defendem o chavismo, obtêm mais de 90% das câmaras municipais da Venezuela.
Ontem ao final da noite, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, revelou que, das 335 listas a nível nacional, 156 já estavam atribuídas, sendo que 142 tinham sido conquistadas pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Outras forças políticas obtiveram 14 listas.
Lucena disse que também já eram conhecidos os resultados em 467 das 702 circunscrições nominais, sendo que 449 correspondem a candidatos do PSUV e 18 a candidatos de outros partidos políticos e coligações, segundo informa a VTV.
Relativamente às 69 circunscrições indígenas, 45 estavam atribuídas, revelou ainda Lucena em declarações à imprensa sobre as eleições, que contaram com a participação de 27,4% dos mais de 20,7 milhões de eleitores inscritos.
A titular do Poder Eleitoral no país sul-americano tinha revelado anteriormente que, no acto eleitoral de ontem, o povo venezuelano iria escolher 2459 cargos municipais e os seus respectivos suplentes entre 18 870 candidatos, para o período 2019-2022, tendo precisado que participavam 51 organizações políticas, 21 partidos nacionais, 11 partidos regionais, bem como organizações indígenas e regionais.
Na mesma ocasião adiantou ainda, segundo revela a Prensa Latina, que, apesar de as eleições locais habitualmente não contarem com acompanhamento internacional, este acto eleitoral contaria com a presença de uma delegação do CEELA (Conselho de Especialistas Eleitorais Latino-Americanos) e um grupo de observadores provenientes da Bélgica.
«Vitória do povo e da democracia»
Se Tibisay Lucena destacou o «civismo» que prevaleceu no acto eleitoral, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, disse que «foi uma vitória do povo e da democracia da Venezuela», tendo-se congratulado com a «paz» nestas eleições. No mesmo sentido, o ministro da Administração Interna, Néstor Reverol, sublinhou a «plena normalidade» que prevaleceu ao longo da jornada eleitoral, indica a AVN.
Durante o dia de ontem, o presidente da República, Nicolás Maduro, também destacou a «tranquilidade» do acto eleitoral, afirmando, para além disso, que «o povo venezuelano continua a ser soberano […] apesar das conspirações e das acusações de uma suposta ditadura no país».
«Hoje estamos a realizar a eleição número 25 em 20 anos», frisou, fazendo questão de vincar que se trata de um «recorde» em comparação com «as dez eleições celebradas nos Estados Unidos», indica a Prensa Latina.
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