Candidato da aliança liderada pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), Ortega venceu as eleições gerais celebradas no passado dia 7 de Novembro com mais de dois milhões de votos (75% dos votos escrutinados).
Na tomada de posse, que ontem teve lugar, em Manágua, o presidente apontou como meta do novo governo a recuperação dos indicadores económicos e sociais que o país da América Central tinha alcançado antes da tentativa de golpe de Estado de 2018.
Para esse efeito conta com o apoio da China, país com o qual a Nicarágua restabeleceu relações diplomáticas em Dezembro último e com o qual assinou, agora, quatro acordos de cooperação.
«A Revolução da China e a Revolução Sandinista têm um mesmo Norte, caminho e destino, que é a erradicação da pobreza», disse Ortega, citado pela Prensa Latina, perante mais de duas dezenas de comitivas internacionais.
O acto contou com a presença de três presidentes – Miguel Díaz-Canel, de Cuba, Nicolás Maduro, da Venezuela, e Juan Orlando Hernández (de saída), das Honduras – e com diferentes representantes de países como Belize, Bolívia, China, Índia, Irão, República Árabe Saarauí Democrática e Rússia, assim como da secretaria da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP).
Ortega, reeleito para o seu quarto período consecutivo de governação, afirmou que a construção da paz é a ferramenta indispensável ao desenvolvimento das infra-estruturas, da criação de emprego, do acesso a serviços básicos e a segurança.
Além disso, exigiu à administração norte-americana que respeite a sentença de 27 de Junho de 1986 do Tribunal Internacional de Justiça, de acordo com a qual os EUA devem indemnizar a Nicarágua pelo financiamento e a organização de actividades militares contra o governo e o povo do país centro-americano.
«Eles dizem que respeitam a lei, portanto o presidente Joe Biden tem a oportunidade neste momento de fazer uma viragem histórica e corajosa, indemnizando-nos; é um acto de justiça e não uma esmola», disse Ortega na Praça da Revolução da capital nicaraguense.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui