Num documento subscrito por diversas organizações e personalidades, apela-se à solidariedade com «a luta pela independência e a liberdade» daquele povo contra a guerra e o ocupante, Marrocos.
O apelo denuncia o que se vive nas prisões marroquinas e nos campos de refugiados, em particular na sequência do passado dia 13 de Novembro de 2020, «quando Marrocos decidiu atacar manifestantes sarauis civis na zona tampão de El Guergarat, o que levou ao fim do cessar fogo estabelecido em 1991».
Desta forma, o MDM, a Federação Democrática Internacional de Mulheres, a União Brasileira de Mulheres, assim como outras organizações de solidariedade do Brasil, Chile, Equador, México e Panamá, e diversas personalidades que participaram no Fórum Social Mundial, defendem que sejam tomadas «medidas urgentes e práticas» para proteger um povo que vive «um cerco militar como nunca visto», sujeito a invasões de casas, espancamentos, tortura, detenções arbitrárias, agressões sexuais, entre outros crimes.
Neste sentido, exige-se a realização de uma visita urgente aos territórios ocupados por parte do Comité Internacional da Cruz Vermelha, da 4.ª Comissão para a Descolonização da ONU e de uma delegação da Alta Comissária para os Direitos Humanos das Nações Unidas.
No apelo alerta-se ainda para a situação dos presos políticos saarauís, em particular do grupo de Gdeim Izik, detido arbitrariamente há dez anos, e reforça-se a necessidade urgente de prestar ajuda alimentar e humanitária aos refugiados.
Os subscritores querem que se ponha «fim a 46 anos de ocupação ilegal do território» que permite que Marrocos prossiga na violação do Direito Internacional, das Resoluções da ONU e da 4.ª Convenção de Genebra.
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