A decisão, que valida o recurso interposto pelo partido de extrema-direita FPO (Partido da Liberdade), do candidato derrotado Norbert Hofer, abre caminho à realização de novas eleições em Setembro ou Outubro deste ano.
Na segunda volta das eleições presidenciais austríacas, Hofer foi derrotado pela escassa margem de 31 mil votos. O ecologista Alexander Van der Bellen foi eleito com 50,3% dos sufrágios e deveria assumir as funções presidenciais a 8 de Julho, mas, depois da decisão do TC, estas serão asseguradas interinamente pela presidência da Câmara Baixa do Parlamento austríaco.
Na leitura da decisão, o presidente do TC, Gerhart Holzinger, anunciou que a segunda volta das eleições «deve ser novamente organizada em toda a Áustria». Os juízes não encontraram fraudes ou manipulações no escrutínio de 22 de Maio, mas o inquérito e as audições do tribunal permitiram confirmar que alguns milhares de boletins da votação por correspondência foram contados de forma irregular – fora das horas legais ou por pessoas não autorizadas, numa prática até aqui tolerada, informa a Lusa.
Ao longo da campanha, Hofer e o FPO assumiram como directriz pôr «a Áustria em primeiro lugar» e, face à «crise dos refugiados», expressaram a sua forte oposição à «imigração em massa».
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