Membros da antiga Frente al-Nusra escavaram e saquearam a área de al-Sheik Mansur, nas imediações de Saraqeb, tendo recorrido a material técnico e ao apoio de especialistas estrangeiros contratados, segundo revelaram fontes locais, a que a Prensa Latina faz referência.
No sábado, a Sputnik e a agência Sana revelaram que a escavação tinha começado na sexta-feira e confirmaram que um grande número de terroristas invadiu a aldeia de Qunya, também na província de Idlib, pilhando os tesouros arqueológicos do mosteiro e das igrejas ali existentes.
De acordo as autoridades sírias, a cidade de Sarmada, na província de Idlib e junto à fronteira com a Turquia, transformou-se num mercado de venda de antiguidades, onde acorrem comerciantes especializados, e armas. Os terroristas usam as redes sociais para mostrar os artefactos pilhados e para os pôr à venda, referem as mesmas fontes.
Segundo um mapa interactivo publicado pela Direcção Nacional de Antiguidades e Museus (DGAM), de 758 sítios arqueológicos existentes na Síria, 213 foram alvo de pilhagem e de destruição ou sofreram danos moderados, desde 2012.
Tal al-Ashari, ao nível de Mari e Ebla, foi vandalizada e pilhada
A agência Sana realizou uma reportagem, este domingo, sobre a grande destruição, perpetrada pelas organizações terroristas, do sítio arqueológico de Tal al-Ashari (província de Daraa), cuja existência remonta ao terceiro milénio a.C.
As escavações, pilhagens e sabotagens levadas a cabo num local que esteve quase sete anos em poder dos terroristas provocaram «enormes danos», segundo revelou à Sana Mohamed al-Nasrallah, director local da DGAM.
Al-Nasrallah sublinhou que as últimas escavações científicas levadas a cabo pelas autoridades sírias em Tal al-Ashari ocorreram em 2010. Então, foram encontrados 3000 artefactos, para além de 21 necrópoles, 16 das quais datam da Idade do Bronze e outras do período romano.
A Sana lembra que, ao longo da guerra de agressão de que o país tem sido alvo, as cidades históricas e os sítios arqueológicos foram alvo de dois tipos de acções terroristas. Por um lado, a pilhagem de artefactos históricos com vista à sua comercialização e contrabando por parte dos grupos terroristas, que assim procuram assegurar um forma extra de financiamento.
Por outro, a destruição de monumentos que esses grupos não conseguem vender ou passar ilegalmente para fora da Síria. Exemplo disso foi a destruição do Anfiteatro Romano e do Tetrapylon na cidade de Palmira (província de Homs).
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