Este domingo, Dia de Navarra e da Língua Basca (euskara), trabalhadores agrícolas manifestaram-se pelas ruas de Iruñea-Pamplona para reivindicar o «fim da precariedade, de uma vez por todas», indica o sindicato LAB.
No sector, a maioria dos trabalhadores são oriundos de países fora do Estado espanhol e este grupo, cada vez maior na região basca de Navarra, tem de fazer frente às más condições de trabalho impostas pelo patronato, que – denuncia o sindicato – se aproveita da «sua situação de vulnerabilidade para os explorar».
Em comunicado, a organização sindical lembra que tem denunciado de forma reiterada os baixos salários, as jornadas laborais extenuantes (com calor intenso, chuva, neve e geada), bem como o facto de, em muitas ocasiões, «terem de trabalhar para terratenentes que não respeitam a legislação laboral mais básica».
No contexto das negociações de um novo acordo para o sector, a estrutura sindical destaca como elementos indispensáveis «acabar com a precariedade, dignificar os salários, acabar com os acidentes de trabalho e exigir o pagamento da dívida colonial».
Entre as reivindicações colocadas, estão: o subsídio de transporte; dois dias seguidos de descanso e o direito ao subsídio de desemprego em períodos sem trabalho.
Também a atribuição de licenças que tenham em conta as distâncias a que residem os familiares dos trabalhadores; o fim de categorias laborais esclavagistas, e um controlo eficaz das jornadas de trabalho, de modo a evitar fraudes e o não pagamento de horas efectivamente trabalhadas.
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