A paralisação foi aprovada em plenário este domingo, com 2164 votos a favor, que representam 99,5% dos trabalhadores filiados no principal sindicato da importante jazida chilena, localizada na região de Antofagasta e que é explorada por uma empresa cujo accionista maioritário é multinacional BHP Billiton, com sede na Austrália.
Em comunicado, o sindicato destacou que a votação expressa no plenário «demonstra uma vez mais a alta consciência sindical das nossas bases, as que souberam avaliar que esta proposta [da empresa] não contém qualquer avanço no que respeita às legítimas reivindicações dos trabalhadores», informa a Prensa Latina.
Pelo contrário, tal proposta «baseia-se no prolongamento das jornadas de trabalho, no aumento das exigências operacionais e afecta os trabalhadores doentes, entre outros aspectos prejudiciais», referiu a organização sindical.
Os trabalhadores rejeitaram igualmente a proposta da empresa de atribuir um subsídio de 15 milhões de pesos chilenos (mais de 16,6 mil euros), a ser distribuído de forma igual dentro das suas instalações, indica a TeleSur. Os trabalhadores exigem que esse subsídio consista em 1% dos dividendos entregues aos accionistas estrangeiros, que rondaria os 26 milhões de pesos (quase 29 mil euros).
Por seu lado, a administração da empresa anunciou que iria solicitar a «mediação obrigatória» do conflito laboral à Direcção do Trabalho. O sindicato insiste que a empresa de exploração mineira deve abordar as principais exigências dos trabalhadores, incluindo o desenvolvimento profissional.
Os ministérios chilenos das Finanças e da Mineração admitiram que a greve em Escondida poderia gerar uma contracção na economia e afirmaram esperar que a administração da empresa dialogue de forma eficaz para evitar a paralisação.
Em 2017, os trabalhadores de Escondida realizaram uma greve que se prolongou durante mais de um mês e meio, e agora afirmaram que estão preparados para uma paralisação mais prolongada, se isso for necessário.
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