As estruturas representativas dos trabalhadores na empresa (LAB e ELA) já tinham denunciado o despedimento comunicado a oito trabalhadores na semana passada, considerando a medida «desproporcionado e prejudicial», e exigindo a sua revogação.
Em comunicado, os sindicatos explicaram que, depois de passar meio ano em situação de ERTE (expediente de regulamentação temporária de emprego, mecanismo que confere à empresas a possibilidade de cessar temporariamente os contratos ou de reduzir as jornadas laborais), a administração da Jaso em Idiazabal comunicou aos trabalhadores, em Junho, que não ia renovar a medida.
No entanto, no regresso das férias de Agosto, a empresa «despediu oito colegas sem qualquer vontade de falar sobre a decisão ou de procurar alternativas negociadas», criticam os sindicatos, acrescentando que «apenas nos comunicou a decisão que já tinha tomado, mostrando uma atitude que é inaceitável».
Alertando para as consequências que estes despedimentos vão ter na secção de soldadura, que «perderá quase um terço do pessoal», LAB e ELA sublinharam que o problema da empresa «não são os trabalhadores» e que não aceitam os despedimentos.
«Perante esta situação, a alternativa que nos resta é unirmo-nos e mostrar firmeza frente à empresa», declararam.
Plenário reafirma defesa dos postos de trabalho
Em plenário realizado esta segunda-feira, os trabalhadores da Jaso Tower Cranes, em Idiazabal, reafirmaram o repúdio pela decisão e a atitude da empresa. «A greve e a mobilização» são a única via que resta aos trabalhadores, sublinha o LAB no seu portal.
Para esta semana, foram convocadas paralisações na quinta e sexta-feira; na seguinte, de quarta a sexta-feira (dias 18, 19 e 20 de Setembro); na seguinte, de terça a sexta-feira (dias 24, 25, 26 e 27) e, se ainda não houver uma solução, a quarta semana de Setembro marcará o início de uma greve por tempo indeterminado.
O objectivo, sublinha o LAB, é fazer com que a Jaso se sente à mesa a negociar e com vontade de chegar a um acordo, que passará pela revogação dos despedimentos anunciados e pela defesa dos postos de trabalho. «Juntos e juntas vamos conseguir», sublinha a estrutura sindical.
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