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Trabalhadores das Artes Gráficas da Biscaia não desistem de lutar

Organizações representativas dos trabalhadores do sector das Artes Gráficas concentraram-se, esta segunda-feira, frente à sede do patronato biscainho, reafirmando a exigência do desbloqueio das negociações.

Créditos / Ecuador Etxea

Organizações representativas dos trabalhadores do sector das Artes Gráficas concentraram-se, esta segunda-feira, frente à sede do patronato biscainho, reafirmando a exigência do desbloqueio das negociações.

À beira de um novo ciclo de greves, os sindicatos LAB, ELA, CCOO e UGT promoveram a realização, em Bilbau, de uma concentração junto à sede do patronato biscainho (Cebek), lembrando-lhe que, no passado dia 15, perdeu nova grande oportunidade para desbloquear as negociações.

Antes, as organizações representativas dos trabalhadores no sector das Artes Gráficas já tinham convocado um novo ciclo de greves, previstas para os próximos dias 29, 30 e 31 de Outubro e 4 e 5 de Novembro.

Apesar deste contexto, LAB e ELA assinalam nos seus portais que a Cebek não viu qualquer necessidade de avançar com uma nova proposta, sendo que as reivindicações de âmbito salarial estão longe de ser concretizadas; noutras matérias, nem sequer se registaram avanços. Os cinco dias de greve agora convocados nas Artes Gráficas biscainhas seguem-se a outros sete realizados ao longo dos meses de Abril, Maio e Junho.

Em Julho deste ano, o patronato avançou com uma proposta que os sindicatos consideraram bastante insuficiente. Desde então, houve novas reuniões, sem que as posições se aproximassem.

Os quase 2000 trabalhadores do sector estão há mais de uma década sem acordo colectivo na província basca; o anterior caducou em 2011. Por isso, insistem não só na celebração de um novo acordo, mas que tenha um conteúdo «digno», e mostram-se firmes no que respeita à continuidade da luta.

Em simultâneo, os sindicatos realçam a disponibilidade para a negociação e dizem esperar que o patronato aproveite a oportunidade que representa a reunião da mesa negocial marcada para o próximo dia 24.

Por outro lado, denunciam que a violação do direito à greve tem sido recorrente no sector e, nesse sentido, encaram como positivo o processo instaurado à empresa Arteos Digital de Etxebarri pela Inspecção do Trabalho.

Sublinhando que não é caso único, exigem ao patronato que deixe de «atacar este direito fundamental».

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