Yván Gil Pinto, ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, anunciou este sábado a activação de uma operação especial para receber «cidadãos deslocados pela violência armada registada na região colombiana do Catatumbo».
A medida segue-se a intensos confrontos entre o ELN e dissidentes das FARC em vários municípios da região do Catatumbo, junto à fronteira com a Venezuela, que provocaram pelo menos 80 mortos e 11 mil deslocados.
Entre os municípios mais afectados pela violência contam-se Convención, Ábrego, Teorama, El Tarra, Hacarí e Tibú, revelaram as autoridades colombianas, que destacaram 400 militares para a zona.
A situação, refere a TeleSur, desencadeou uma «crise humanitária na região fronteiriça com a Venezuela», que há muito é afectada pela presença de grupos armados ilegais e por actividades relacionadas com o narcotráfico.
Neste contexto e dando seguimento a instruções de Nicolás Maduro, Yván Gil activou, através da Protecção Civil, uma operação especial em território venezuelano, nos municípios de Jesús María Semprún (estado de Zulia) e de García de Hevia (estado de Táchira).
O objectivo é prestar ajuda humanitária à população civil deslocada que chega da Colômbia e que é «afectada recorrentemente pelo flagelo da guerra no país irmão», indica o Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros numa nota.
Segundo refere a TeleSur, mais de mil pessoas atravessaram a fronteira, sendo a maior parte dos deslocados cidadãos colombianos, embora também haja civis venezuelanos atingidos por esta situação. Em muitos casos, precisa a fonte, aqueles que procuram refúgio na Venezuela para escapar da violência armada são membros de famílias colombo-venezuelanas.
A República Bolivariana da Venezuela garantiu o acolhimento a todos os afectados, independentemente da sua nacionalidade, bem como hidratação, comida e cuidados médicos a quem o requerer.
Numa mensagem que divulgou na sua conta de Telegram, Gil Pinto afirmou ainda que a Venezuela é «fiel ao seu compromisso de irmandade e solidariedade com o povo e o governo colombianos».
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