Na carta enviada esta quarta-feira ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas, os eleitos renovam a sua preocupação com o avançado estado de degradação do troço do IC1, que liga Alcácer do Sal e Grândola, no distrito de Setúbal, e afirmam que «não podem existir quaisquer razões de ordem burocrática que justifiquem o adiamento de anos para a solução deste problema».
O apelo surge no seguimento das declarações que Pedro Marques fez no parlamento, no passado dia 14, onde garantiu lançar o concurso para a requalificação do troço do IC1 que atravessa os dois concelhos alentejanos assim que concluir a negociação com a concessionária.
«Assim que as condições estiverem reunidas lançaremos o concurso de imediato», declarou o ministro das Infraestruturas, explicando que primeiro tem de ser concluída a negociação da Parceria Público Privada (PPP) para o Governo poder avançar com a requalificação.
A afirmação agravou as preocupações dos presidentes de Grândola, António Figueira Mendes, e de Alcácer do Sal, Vítor Proença, para quem a situação é «insustentável» e coloca em risco os mais de nove mil utilizadores diários deste troço. A propósito, no documento enviado ao ministro dão conta do aumento dos índices de sinistralidade com vítimas mortais, recordando o acidente que no dia 2 de Setembro vitimou mortalmente dois utentes daquele troço, residentes no concelho de Grândola.
«Por todas estas razões, as autarquias, Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral, comissões de utentes, empresas, forças de segurança e população em geral têm apelado de diversas formas pela urgente reparação deste troço, contudo, esta intervenção tem sido sucessivamente adiada», denunciam.
Recentemente a Assembleia Municipal de Grândola e a Comissão de Utentes voltaram também a exigir a urgente reparação deste troço e a apelar ao governo que o Orçamento de Estado para 2017 – em fase de preparação – inclua, com carácter de prioridade, esta intervenção.
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