No dia 31 de Janeiro assinalam-se oito anos sobre a rubrica do «contrato inicial» da parceria público-privada (PPP) para a recuperação, conservação e exploração do IC1, contratualizado pelo governo de José Sócrates com o objectivo de «reduzir custos para o Estado e melhor satisfazer as necessidades públicas».
Vantagens que não tiveram concretização prática, como defendem os utentes desta via rodoviária. Através de comunicado, a Comissão de Utentes do IC1 de Alcácer do Sal e de Grândola denuncia que «o pressuposto desta PPP tem sido um modelo de negócio desastroso e com custos enormes para o erário público, com maior incidência para os munícipes destes dois concelhos».
Neste sentido, e no decurso de uma longa acção de luta que tem vindo a travar, a comissão de utentes solicitou audiências, «em datas tão próximas quanto possível», com o Governo, designadamente com o primeiro-ministro, e com o ministro do Planeamento e das Infraestruturas; com os presidentes da República e da Assembleia da República; e com o presidente do Conselho de Administração Executivo da IP – Infraestruturas de Portugal.
Os utentes reiteram a exigência do cumprimento da resolução da Assembleia da República n.º 138/2016, aprovada por unamidade no parlamento, que «recomenda ao Governo a recuperação e beneficiação urgentes do IC1 no troço entre Alcácer do Sal e Grândola».
Os utentes exigem mais uma vez respeito. Consideram «que se continua perante uma situação inaceitável» e que os sucessivos governos têm vindo a «empurrar com a barriga» um problema que tem vindo a agravar-se. Ao mesmo tempo, denunciam o «abandono» a que dizem estar sujeitas as populações dos dois concelhos.
No documento aproveitam ainda para recordar que a falta de manutenção da via tem potenciado um número crescente de acidentes, muitos deles com vítimas mortais.
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