A autarquia vai promover a inscrição das técnicas de construção e reparação de embarcações tradicionais do Estuário do Tejo no Estaleiro Naval de Sarilhos Pequenos, no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. De seguida, apresenta a candidatura deste património a inscrição na Lista do Património Cultural Imaterial que requer medidas urgentes de salvaguarda, da UNESCO.
O projecto «Moita Património do Tejo» foi anunciado em Junho, com o presidente da Câmara, Rui Garcia, a frisar que este «será um contributo de grande importância para a salvaguarda das embarcações tradicionais do Estuário do Tejo, enquanto patromónio vivo, não só do concelho da Moita, mas de toda a região».
É no concelho da Moita que se mantém em funcionamento o último estaleiro de construção naval em madeira do Estuário do Tejo, um dos últimos do País. O Estaleiro Naval de Sarilhos Pequenos, do Mestre Jaime Costa, é um elemento fundamental para a continuidade dos barcos típicos do Tejo.
Rui Garcia diz mesmo que estes barcos «não sobreviverão ao desaparecimento do conhecimento e dos meios para a sua construção e manutenção». «Os barcos de maior dimensão não dispensam a existência de um estaleiro, devidamente apetrechado de saberes e de meios», acrescenta, sublinhando que a idade avançada dos artífices que trabalham no estaleiro «e o facto de não se ter até agora conseguido atrair e fixar trabalhadores mais jovens», colocam em «risco iminente» a continuidade da actividade.
A Câmara da Moita salienta a aquisição «pioneira» do varino «O Boa Viagem», em 1980, abrindo caminho para que outras autarquias da região o fizessem, e o trabalho de recuperação do rio Tejo, que tem vindo a desenvolver.
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