Após a reunião desta segunda-feira, as preocupações são «reforçadas», de acordo com as declarações à Agência Lusa do vereador e candidato da CDU à Câmara Municipal de Lisboa, João Ferreira. «Saímos daqui com a ideia de que a solução relativamente à expansão da rede do Metropolitano, que está a ser agora proposta, está insuficientemente reflectida, debatida e fundamentada», afirmou junto às instalações da empresa, em Carnide.
João Ferreira acrescentou que a preocupação é reforçada devido «à intenção de concentrar meios numa linha circular que vai servir, fundamentalmente, as linhas centrais e o turismo, em detrimento do que são as necessidades de mobilidade da população de Lisboa e dos concelhos vizinhos e dos trabalhadores», que têm de se deslocar diariamente.
Além do candidato à Câmara de Lisboa, a delegação da CDU era composta por Painho Ferreira, candidato à Câmara de Odivelas, e Amável Alves, candidato à Câmara da Amadora. Em representação de Bernardino Soares, candidato à Câmara de Loures, esteve o vice-presidente deste município, Paulo Piteira.
Painho Ferreira sustentou que «o modelo geral que está subjacente é um modelo de concentração na grande cidade de Lisboa, em detrimento da construção de uma área metropolitana com diversos núcleos que contrariem (…) os movimentos pendulares».
«É uma opção estratégica que não corresponde às necessidades de longo prazo», sublinhou, falando também no problema da falta de estacionamento junto à estação de Odivelas, que causa o «caos completo» nas imediações.
Amável Alves, candidato à Câmara da Amadora, falou do «actual problema da redução das carruagens nas horas de ponta da manhã para a Reboleira», devido à opção do Metro de fazer destinos alternados. Segundo o também funcionário da empresa, esta situação «deixa as populações com muito intervalo entre comboios e desincentiva-as a utilizar este meio de transporte».
Ainda para mais, são «populações que só há pouco tempo tiveram o Metropolitano», notou, aludindo à inauguração da estação da Reboleira, que só aconteceu em Abril de 2016, após vários anos de espera.
No caso de Loures, o único destes concelhos que ainda não está servido pelo Metro, a empresa «não tem plano de expansão» à zona ocidental, nomeadamente a Santo António de Cavaleiros, nem à zona oriental, como Portela e Sacavém, salientou o vice-presidente deste município, Paulo Piteira.
«Tratam-se de antigas reivindicações do município de Loures, da CDU, que seriam capazes de evitar o uso do transporte individual por parte de dezenas de milhares de cidadãos», referiu. A Câmara de Loures, acrescentou Piteira, vai lançar uma petição pública para sensibilizar o Governo.
Além do alargamento da rede, os candidatos abordaram problemas como a falta de recursos humanos e de equipamentos, assim como a necessidade de reverter o aumento dos preços dos últimos anos.
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