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CDU denuncia «paz podre» no movimento de Rui Moreira

A CDU defende que o caso de Tiago Mayan Gonçalves não pode ser visto, apenas, à luz das ilegalidades que cometeu e «é mais um episódio do clima de paz podre que reina no movimento "Aqui há Porto"».

Créditos / CMP

O comunicado que a coligação PCP-PEV divulgou esta segunda-feira vem no seguimento de Tiago Mayan Gonçalves ter renunciado ao cargo de presidente da Junta da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, por falsificação de assinaturas. No entanto, sustenta, «é mais um episódio demonstrativo do clima de "paz podre" que reina no interior do Movimento "Aqui há Porto" e da difícil relação que, no interior deste, existe entre os respectivos eleitos dos diferentes órgãos autárquicos».

Entre os exemplos citados na nota está o envio para o Ministério Público, em 2023, dos resultados de uma auditoria efectuada pela Câmara Municipal do Porto ao Programa «Casa Reparada, Casa Melhorada», na freguesia do Bonfim, «sem comunicação prévia à Junta e fazendo sair notícias para a comunicação social com acusações de fraude na gestão do programa».

Eleito pelo movimento de Rui Moreira, e considerado outrora pela Iniciativa Liberal (IL) o seu «autarca modelo», Tiago Mayan assumiu ter falsificado assinaturas do júri do fundo de apoio ao associativismo, o que deverá, no entender da CDU, merecer a atenção do Ministério Público. Entretanto, a coligação critica «o facto de, agora, as diversas forças de direita procurarem sacudir a "água do capote" perante a gravidade da situação ocorrida na Junta da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde», e assume que «tudo fará» para que as colectividades «não vejam ainda mais atrasada a recepção das verbas do Fundo de Associativismo de 2024.

Criado por proposta da CDU, este fundo «permitiu apoiar (e mesmo salvar) muitas colectividades de base que desenvolvem uma açcão insubstituível no plano desportivo, cultural, recreativo e social da cidade». A coligação critica, no entanto, os «inadmissíveis atrasos» que o mesmo tem vindo a sofrer, afectando, sobretudo, as colectividades com menores recursos e as populações servidas pelas mesmas. 

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