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Cordão solidário pelo Hospital dos Covões

Cerca de 2000 pessoas protestaram contra o «desmantelamento» de uma estrutura de urgência importante para a região.

Cordão solidário no Hospital dos Covões, no qual participaram cerca de 2000 pessoas, 9 de Junho de 2020
CréditosPaulo Novais / Lusa

A acção intitulada «Cordão Solidário pelo Hospital dos Covões» teve lugar esta sexta-feira e reuniu quase duas mil pessoas em torno deste hospital.

Ao longo de 300 metros, distribuídos pelas duas bermas da via principal, junto ao também designado Hospital Geral, a concentração prolongou-se pela manhã, com a participação de médicos, enfermeiros e demais profissionais do hospital, incluindo trabalhadores do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), bem como sindicalistas, autarcas e dirigentes locais de diferentes forças políticas.

Actualmente reformado, Rui Pato, que na década passada presidiu ao então Centro Hospitalar de Coimbra (CHC), que incluía o Hospital Geral, também marcou presença na manifestação.

Rui Pato, que também é músico, tendo acompanhado à viola o cantor José Afonso na gravação dos primeiros discos e na realização de espetáculos, em meados do século XX, recordou ter trabalhado «nesta casa praticamente 40 anos» e frisou que «não podia ficar alheio» à luta da cidade e da região Centro pela valorização do Hospital dos Covões e contra o seu desmantelamento.

Em causa está o facto de a administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ter comunicado aos responsáveis da urgência do Hospital Geral dos Covões que, a partir de 1 de Julho, este serviço iria passar a ser um Serviço de Urgência Básico (SUB).

Para vários sindicatos (ver caixa) que representam os trabalhadores desta unidade hospitalar, a implementação deste SUB, apenas confirma o que há anos vêm afirmando, «quanto ao desmantelamento, à desqualificação e diminuição da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), na consideração do que é a sobrelotada capacidade de resposta da Urgência dos Hospitais da Universidade de Coimbra».

Esta decisão agora transmitida, com o aparente acordo da ARS Centro, terá como consequência «a drástica diminuição da capacidade assistencial no SNS com o desmantelamento de uma estrutura a todos os títulos válida, sem que se tenha demonstrado que é dispensável», afirmam as estruturas sindicais em comunicado.

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