Os moradores do Bairro do Condado não desistem de lutar e exigir respostas para a degradação das suas habitações, com infiltrações, humidades e bolor, mas também dos espaços comuns, com destaque para as avarias dos elevadores, que aprisionam os mais idosos e doentes nas suas casas. Nos últimos meses têm sido várias as acções de protesto, mas o registo da senhoria, a Câmara Municipal de Lisboa/Gebalis, é de «completa ausência de qualquer resposta, mesmo formal, às situações que lhes temos feito chegar», criticam as comissões de Moradores e de Utentes de Saúde de Marvila num comunicado.
As estruturas, que em 15 de Outubro se reuniram com o presidente do Conselho de Administração da Gebalis, realçam a «completa contradição» entre a ausência de respostas e as declarações de Carlos Moedas, tanto na campanha eleitoral para a presidência da Câmara Municipal de Lisboa (CML), como recentemente. Mas, apesar das «tácticas de silêncio» e de «procurarem ignorar a dramática realidade da população de Marvila», as comissões de moradores e de utentes não abdicam de lutar pelos seus direitos e voltam a sair à rua.
Hoje, a partir das 14h realizam nova vigília junto do Gabinete da Gebalis, no Bairro do Armador, para «exigir as respostas urgentes que a situação degradada de boa parte da nossa habitação requer». Esta quarta-feira, 18, voltam também à Praça do Município com o intuito de «fazer a devolução à CML das "prendas" que esta tem dado aos munícipes de Marvila». No decurso da iniciativa, «faremos a instalação de uma tenda de quatro pessoas, simbolizando as condições precárias da habitação de Marvila, entre outros utensílios com o mesmo objectivo», afirmam.
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