Mais de 1600 pessoas e de 100 organizações subscreveram o apelo para a manifestação contra o racismo e a xenofobia, depois da «operação especial de prevenção criminal», realizada no dia 19 de Dezembro, em que centenas de imigrantes foram encostados à parede com as mãos no ar. O documento defende que todas as pessoas que vivem e trabalham em Portugal têm que ser tratadas com dignidade e que esta acção policial não foi um caso isolado, acontecendo regularmente noutras periferias de Lisboa e do País.
Entre as várias organizações anti-racistas, de apoio a imigrantes e de bairros, encontram-se a Frente Anti-Racista, Solidariedade Imigrante, SOS Racismo e Vida Justa, associações como a Casa do Brasil de Lisboa e o Moinho da Juventude, e organizações locais da Mouraria e dos Anjos, como Bangladesh Coletivo, Cozinha Comunitária dos Anjos e Renovar a Mouraria.
Alexandra Lucas Coelho, Ana Margarida de Carvalho, Cláudia Varejão, João Salaviza, Susana Sousa Dias, Cristina Branco, Selma Uamusse, Luca Argel, Valete, Joana Villaverde, Cláudia Semedo, Cucha Carvalheiro, Diogo Faro, Carmo Afonso, Anabela Mota Ribeiro e Manuel Loff são alguns dos subscritores. A organização salienta ainda num comunicado que também os profissionais de saúde, que recentemente promoveram um abaixo-assinado contra a limitação do acesso de imigrantes ao Serviço Nacional de Saúde, se juntaram à convocatória deste protesto.
Os signatários defendem que a segurança não pode ser confundida com «a instrumentalização da polícia» e apelam «a uma manifestação que exige dignidade, direitos sociais e liberdade para quem vive e trabalha em Portugal».
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