Dentro da UC, as mulheres «foram o grupo mais afectado pela severidade dos efeitos psicológicos e emocionais associados ao confinamento, tendo reportado mais frequentemente sentimentos de ansiedade, tristeza, preocupação com o futuro profissional e percepção de ausência de controlo sobre a situação», pode ler-se no estudo.
A análise contou a participação de 281 docentes e investigadores da UC num inquérito realizado em Setembro de 2020, no âmbito do projecto europeu «SUPERA», que visa a promoção da igualdade na investigação e na academia.
Veja-se que mais de dois terços dos inquiridos referiram que tiveram de dedicar mais tempo ao trabalho doméstico e ao acompanhamento de filhos, verificando-se que as mulheres notaram «uma maior influência» nesta realidade, tendo em conta as medidas restritivas de combate à pandemia.
O estudo revela assim que se tornaram visíveis e que se acentuaram «desigualdades pré-existentes em termos de condições de trabalho, possibilidades de conciliação trabalho-família, divisão do trabalho académico, e desempenho científico», explicou a investigadora Mónica Lopes.
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