A Câmara do Seixal denuncia através de comunicado que cerca de 1100 alunos têm actualmente aulas em contentores de obra e no meio de um estaleiro ao abandono. Sublinha que as condições são «verdadeiramente preocupantes» e «pioram a cada dia que passa, sendo urgente e necessária uma resposta por parte da tutela».
No passado dia 20, o presidente do Município do Seixal, Joaquim Santos, realizou nova visita às instalações da João de Barros, acompanhado do director do agrupamento, António Carvalho.
Segundo afirmou então Joaquim Santos, a visita teve o propósito de mais uma vez demonstrar preocupação com os alunos e com a comunidade educativa, que «presta o melhor serviço» apesar das condições precárias, e de novamente alertar o Ministério da Educação para que, «no mais curto espaço de tempo, possa avançar com esta obra de requalificação», de modo a que a Escola Secundária João de Barros possa continuar a cumprir a sua missão.
O presidente realçou ainda que a autarquia, juntamente com a comunidade educativa, tem vindo a alertar o Governo para a necessidade de concluir, no menor espaço de tempo, a obra interrompida em 2011.
Segundo Joaquim Santos, o concurso para a retoma da obra foi publicado em Abril do ano passado e estará agora em fase de adjudicação, faltando um despacho para autorizar a despesa. «Esta intervenção ainda demorará cerca de 16 meses, pelo que é fundamental que a mesma possa começar o mais rápido possível, para que possamos ter a obra concluída ainda em 2018», realçou.
«Temos as condições mínimas exigidas»
António Carvalho, director do Agrupamento de Escolas João de Barros, disse durante a visita que, de acordo com informação da tutela, está para publicação a portaria que autoriza a despesa para a realização da obra.
«Após a mesma, a Parque Escolar irá terminar os processos que tem pendentes e o Tribunal de Contas fará o seu papel também. Enfim, todos os mecanismos administrativos associados à autorização de despesa serão espoletados e depois ficaremos a aguardar o início da obra», disse.
Este responsável referiu ainda que as actuais condições de funcionamento da escola são as «mínimas exigidas» para que as aulas se possam realizar com qualidade. «As nossas dificuldades continuam a ser, acima de tudo, de utilização do espaço exterior, pois temos muito pouco e os nossos alunos estão sujeitos a ter que utilizar áreas muito restritas, em especial quando chove». António Carvalho revelou, no entanto, a resiliência desta comunidade educativa, que vive nesta situação há seis anos.
Apesar da falta de condições estruturais, o director da escola sublinhou o facto de o número de alunos ter aumentado. «Estou convencido que a qualidade do trabalho é boa e é reconhecida pela comunidade, que continua a procurar a escola, apesar das suas condições, porque reconhece que, no que diz respeito ao essencial – a preparação dos nossos alunos para seguirem estudos e para a vida –, estamos a fazer um excelente trabalho», concluiu.
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