Os CTT lucraram, entre Janeiro e Junho deste ano, 31,7 milhões de euros, dinheiro que vai para os accionistas privados da empresa. Depois do processo de privatização concluído a 5 de Setembro de 2014 os CTT passaram a ser uma empresa 100% privada.
Em 2013, quando a empresa ainda era pública e os lucros contribuíam para o Estado, os lucros foram de 61 milhões de euros. Já em 2014 estes foram de 77,2 milhões de euros. Em 2015 os CTT tinham lucrado 71,1 milhões de euros.
Para além do resultado líquido da empresa os CTT prestam um serviço, único em Portugal, que está a ser cada vez mais alvo de queixas. Como mostram os casos de Famalicão e Torres Vedras, já aqui noticiados, trabalhadores e utentes apontam falhas à empresa.
Os primeiros falam em excesso de trabalho e desgaste físico e psicológico. Por outro lado, há pensionistas que não recebem o vale postal para levantar a reforma, e cartas registadas que não chegam ao destino, para além de atrasos recorrentes na entrega.
Desde que foram privatizados, os CTT eliminaram 2853 postos de trabalho. Mas o desmantelamento da empresa já vem de trás: entre 2002 e 2015 foram encerradas 481 estações de correio e 1047 postos de correio.
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