A estimativa avançada pelo INE anuncia que o produto interno bruto (PIB) português sofreu, em 2020, uma quebra de 7,6%. Pese embora o quarto trimestre do ano ter registado um crescimento em cadeia (0,4%), isso não foi suficiente para atenuar mais a queda.
A crise, de escala mundial, traduz-se numa recessão profunda, fruto da contracção acentuada das exportações e do consumo, com consequências severas em sectores como o turismo, comércio e restauração.
Recorde-se que, no período em que a troika esteve no País, a quebra do PIB foi de perto de 8%, em quatro anos. Esta quebra de 7,6% em 2020 ocorre depois de um crescimento de 2,2% verificado em 2019, e é «a mais intensa da actual série de Contas Nacionais, reflectindo os efeitos marcadamente adversos da pandemia Covid-19 na actividade económica», explica a nota do INE.
Pese embora a estimativa rápida do INE não detalhar as variações das diferentes componentes do PIB, explica que «o contributo da procura externa líquida foi mais negativo em 2020, verificando-se reduções intensas das exportações e importações de bens e de serviços, com destaque particular para a diminuição sem precedente das exportações de turismo».
Ao que acresce que a procura interna «apresentou um expressivo contributo negativo para a variação anual do PIB, após ter sido positivo em 2019, devido, sobretudo, à contracção do consumo privado».
Tendo em conta o novo em confinamento decretado, as previsões para 2021 são incertas e há já economistas que prevêem uma nova quebra do PIB este ano, sendo certo que o PIB do primeiro trimestre sofrerá uma nova contracção homóloga.
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