O anúncio feito pelo Ministro Defesa Nacional do aumento da remuneração mínima dos militares para 635 euros, como uma medida inovadora, mereceu críticas das associações profissionais militares. Assim, depois da Associação de Oficiais das Forças Armadas e da Associação Nacional de Sargentos, a Associação de Praças (AP) veio a terreiro lembrar que desde 2010 se aplica aos Militares das Forças Armadas a tabela remuneratória da Administração Pública.
Em comunicado, a AP considera «que não será com estas medidas avulsas e não verdadeiras que se acaba com o flagelo da crescente tendência de diminuição de efectivos a entrarem nas fileiras das Forças Armadas», lembrando que «aos 635,07 euros (apenas 0,07 euros acima do SMN) serão retirados os valores dos descontos obrigatórios e que após retirado esse valor a remuneração desses Militares passará a ser de 542,98 euros».
A AP sublinha que só com a «implementação e articulação de outras medidas em conjunto será possível introduzir factores que aumentem a atractividade para a profissão militar», nomeadamente através da valorização remuneratória, tendo como referência «as Forças e Serviços de segurança, onde a diferença de vencimento é significativa», a melhoria significativa das condições de habitabilidade nas unidades militares e o «pagamento do Suplemento de Condição Militar a todos os militares em Instrução Complementar».
A AP chama ainda a atenção para o facto de 70% dos praças do Exército, ao longo dos seis anos de contrato, não passarem do posto de soldado, «contrariamente ao que sucede nos outro ramos das Forças Armadas», uma situação que representa, em termos absolutos, uma perda nos vencimentos destes militares de cerca de 22 300,00 euros, comparativamente aos militares no mesmo regime que prestam serviço na Marinha».
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