As concentrações realizadas em Lisboa, dia 22, e no Porto, dia 28, e a manifestação que ontem ligou o Mercado Municipal à Baixa de Faro foram o culminar da campanha que o MURPI (Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos) lançou a 31 de Maio deste ano e que percorreu 22 localidades do País em defesa do aumento intercalar das reformas e pensões.
Isso mesmo foi sublinhado, ontem, por Casimiro Menezes, presidente do MURPI, em declarações ao AbrilAbril. «Lançámos a campanha pelo aumento intercalar das pensões, um aumento que permitisse combater a pobreza, recuperar o poder de compra perdido nos últimos anos», disse, acrescentando: «Em Novembro de 2015, no nosso congresso, definimos que o aumento mínimo das pensões devia ser de 25 euros.»
Questionado sobre diferenças de conteúdo nestas três iniciativas mais recentes, o dirigente do MURPI disse que não existiram: «Defendemos que é justo haver um aumento intercalar das reformas e pensões para todos os pensionistas; defendemos a recuperação dos rendimentos e a melhoria das condições de vida dos reformados e pensionistas. E isso passa por um aumento real, intercalar de todas as pensões», sublinhou.
Menezes considerou o aumento proposto de 10 euros «insuficiente». Disse entender que o País está num contexto em que a sua soberania é «sujeita a condicionalismos vários» e considerou que «este aumento é um primeiro passo, vai no sentido de uma progressão que desejamos», mas, em seu entender, «havia condições para ir mais além, para um aumento superior».
Boa adesão também no Porto e em Faro
Casimiro Menezes mostrou-se satisfeito com o nível de participação nas três mobilizações que o MURPI promoveu no espaço de uma semana. «No Porto, houve uma concentração nos mesmos moldes da de Lisboa e estiveram cerca de 250 pessoas; em Faro, realizou-se um desfile, também com muita gente, umas 200 pessoas», disse.
«Sublinhámos que, se já foram tomadas várias medidas positivas – num quadro político subsequente à derrota do governo do PSD e do CDS-PP –, há condições para fazer mais», afirmou, referindo-se à necessidade de aumentar e diversificar a receita da Segurança Social e de garantir o acesso dos reformados aos cuidados de saúde, no âmbito da defesa do Serviço Nacional de Saúde.
«Temos de garantir condições de vida dignas aos reformados e pensionistas, que tão atacados foram em tempos recentes», declarou o dirigente do MURPI. Neste sentido, insistiu: «O que foi alcançado é positivo, mas insuficiente. É necessário generalizar os aumentos a todos os pensionistas, depois terem tido uma carreira contributiva. É importante que os reformados e pensionistas continuem a lutar pela valorização, pelo aumento real das suas reformas e pensões», afirmou.
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