Em comunicado, a confederação de agricultores reclama do Governo o apuramento dos prejuízos provocados pelos incêndios no Centro do País, nomeadamente em «habitações e outros bens pessoais, como oficinas, armazéns, máquinas e alfaias, instalações pecuárias, gados, culturas, vinhas, pomares, olivais, bem como quanto a incapacidade temporária para produzir devido à destruição dos equipamentos e culturas e, ainda, em infra-estruturas colectivas, por exemplo, em estradas e condutas de água pública».
O Executivo deve mobilizar verbas, «incluindo ao nível da União Europeia», para o apoio às famílias das vítimas e às populações afectadas, defende a CNA. A confederação pede medidas «excepcionais» ao Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Regional, e não apenas os apoios «rotineiros» no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PDR 2020).
Os representantes da agricultura familiar alertam ainda para a «floresta industrial altamente comburente» – com a predominância de espécies como o eucalipto e o pinheiro –, que classificam como «o "pasto" ideal para as chamas incontroláveis logo que os factores climatéricos se proporcionem».
A CNA sublinha ainda a importância de «um correcto ordenamento florestal» e alerta para a «ruína da agricultura familiar, em consequência da Política Agrícola Comum (PAC)», assim como para o baixo preço da madeira na produção, como «determinantes factores» para os incêndios florestais.
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