O grupo, auto-intitulado Intervenção e Resgate Animal (IRA), estará a ser investigado pela Polícia Judiciária após várias queixas de vítimas de episódios que vão da intimidação à perseguição armada, passando por roubos de animais, inclusive através de assaltos às residências dos donos.
Cristina Rodrigues, que é chefe de gabinete do deputado do PAN, André Silva, e uma das principais dirigentes do partido, assinou queixas relacionadas com maus-tratos a animais em nome do IRA enquanto advogada. Mas a PJ suspeitará de mais: que a dirigente do PAN seja um dos elementos encapuzados que surge em vídeos publicados pelo grupo no Facebook.
Num desses vídeos, outros dois elementos, sempre com a cara tapada, de óculos escuros e com a cabeça coberta, fazem saudações nazis. O episódio segue-se à afirmação, por parte do suposto líder do IRA (a quem a TVI aponta ligações a grupos de extrema-direita), de que «nenhum de nós consideraria que essas opiniões são negativas, porque ser nazi e traficante... não é tão mau como ser chamado activista de sofá».
Para além da eventual ligação a Cristina Rodrigues, que a própria não desmente escudando-se no sigilo profissional, também o deputado André Silva já reuniu na Assembleia da República com o grupo sobre o qual recaem suspeitas de terrorismo. Apesar de, entrevistado para a reportagem, se distanciar do grupo, o deputado do PAN acaba por revelar, pelo menos, algum nível de conhecimento sobre o funcionamento do IRA.
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