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Estudantes do Secundário exigem mais investimento na Escola Pública

Mais de duas dezenas de estudantes do Secundário estiveram concentrados em frente ao Ministério da Educação, esta quarta-feira, para reivindicar mais funcionários, professores e psicólogos nas escolas.

Créditos / É Agora!

«Ao longo das décadas de desinvestimento na Escola Pública, criaram-se défices preocupantes, como a falta de funcionários, professores e psicólogos nas escolas. Contudo, neste cenário o problema torna-se especialmente preocupante quando estes déficits colocam em causa a segurança dos estudantes», lê-se num comunicado do movimento É Agora!, enviado ao AbrilAbril

Mais professores, psicólogos e auxiliares de acção educativa nas escolas é uma das reivindicações centrais dos estudantes. No caso dos auxiliares, reconhecem que a falta destes profissionais impede que as salas sejam regularmente desinfectadas, ficando dessa forma impossibilitado o cumprimento das regras sanitárias. 

Acrescentam que a falta de professores «empurra» os estudantes para turmas sobrelotadas, com mais de 27 alunos em salas pequenas. Já a carência de psicólogos por agrupamento torna-se particularmente preocupante «num quadro em que as doenças mentais triplicaram desde o confinamento». 

A ausência de climatização das salas de aula, a necessidade de obras nas escolas degradadas, a proibição do uso dos balneários e a falta de sabonete e papel nas casas de banho são outras das carências identificadas pelos estudantes do Secundário. 

O movimento chama ainda a atenção para as «arbitrariedades» por parte de algumas direcções, a pretexto do combate ao novo coronavírus, como o «desrespeito pelo direito ao intervalo, obrigando os estudantes a passar mais de três horas dentro da sala com falsos intervalos de cinco minutos». Mas também a «proibição de realização das eleições para a associação de estudantes e reuniões gerais de alunos», que os alunos entendem como um «grave ataque» ao direito ao associativismo, consagrado no Estatuto do Aluno e na Constituição portuguesa. 

Insistem que os exames nacionais representam uma «barreira socio-económica no acesso ao Ensino Superior, agravada pelas condições tão dispares entre estudantes, com alguns deles em ensino à distância e com 25 mil estudantes sem professor».

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