A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) afirma, em comunicado, que «os dados apresentados quinta-feira pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), dando conta de margens de lucro na ordem dos 50% em alguns produtos agrícolas», confirmam uma situação que há muito vinham denunciando.
A CNA, considerando que o rendimento dos agricultores desceu 11,8% em 2022, segundo dados do INE, nomeadamente por não conseguirem «escoar a produção a preços justos e capazes de compensar os aumentos dos custos de produção», sublinha que se percebe «quem fica com a fatia de leão», face aos crescentes e escandalosos lucros «das empresas da distribuição de alimentos».
Esta situação, evidencia também «que o mercado não se auto-regula e que em Portugal reina a lei do mais forte». Nesse sentido, a CNA reclama, por um lado, a necessidade de prosseguirem as actividades de fiscalização e, por outro, «a promoção e adopção regulamentar dos circuitos curtos e mercados de proximidade, designadamente através de cantinas e outros estabelecimentos públicos, de forma a garantir às explorações agrícolas familiares o escoamento da produção nacional a preços justos e aos consumidores».
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