Foi a segunda delegação portuguesa mais pequena de sempre, o que revela bem a falta de investimento no desporto paralímpico. Em todo o caso, os atletas portugueses bateram-se por medalhas e Portugal.
Em Paris, coube a Djibrilo Iafa a honra de conseguir a centésima medalha, com o bronze no torneio de -73 kg J1, um feito inédito na medida em que foi também a primeira de sempre do judo paralímpico português.
As sete medalhas conseguidas nos Jogos de Paris juntam-se às 94 conseguidas nas 11 participações anteriores, sendo que apenas na primeira, em 1972, Portugal não subiu ao pódio. Portugal, que na capital francesa conseguiu dois ouros, uma prata e quatro bronzes, conta agora no seu palmarés com 27 medalhas de ouro, 31 de prata e 43 de bronze.
O atletismo lidera a lista de modalidades com mais medalhas, com um total de 57, seguido do boccia com 27 e da natação com 10, numa tabela na qual o ciclismo soma três, o judo, a canoagem, o ténis de mesa, e o futebol 7, uma cada.
Depois de ter sido bronze em 2020, em Tóquio, Miguel Monteiro alcançou o ouro no lançamento do peso F40, dando ao atletismo a 55.ª medalha em competições paralímpicas, mas a primeira do metal mais precioso desde os Jogos de Sydney em 2000. Ainda no atletismo, Sandro Baessa foi prata nos 1500 metros T20 e Carolina Duarte conseguiu o bronze na prova de 400 metros T13.
Os Jogos Paralímpicos de Paris marcaram o regresso do boccia português aos pódios nesta competição, depois de a modalidade ter ficado em branco em em Tóquio, algo inédito desde de que se estreou em competições, em Nova Iorque, em 1984.
Cristina Gonçalves, a veterana da comitiva que somou a sexta participação em Jogos, conseguiu a sua quarta medalha paralímpica, mas a primeira em competições individuais, sagrando-se campeã no torneio de BC2.
A medalha de Diogo Cancela, nos 200 metros estilos SM8 voltou a levar a natação portuguesa a um pódio paralímpico, 16 anos depois da última subida, que aconteceu nos Jogos de Pequim. No ciclismo, Luís Costa foi bronze no contrarrelógio H5, para atletas que competem em handbikes, e somou a segunda medalha portuguesa para a modalidade desde 1984.
Nas três edições anteriores, o número de medalhas conquistadas tem vindo a diminuir, com três em Londres, em 2012, quatro no Rio, em 2016 e duas em Tóquio, em 2020, tendência que se inverteu nesta edição, nos quais Portugal igualou as sete medalhas conseguidas em Pequim em 2008.
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