|Forças Armadas

Militares contestam reduções mensais de remunerações

Os militares sofreram uma redução do valor líquido das suas remunerações pela não correcção das tabelas de retenção do IRS que lhes estão a ser aplicadas, o que continuará a acontecer em Fevereiro.

CréditosJoão Relvas / Agência Lusa

Nos últimos dias, as associações de oficiais (AOFA) e de sargentos (ANS) das Forças Armadas emitiram comunicados denunciando o facto de os militares continuarem «a ver reduzido o valor líquido que auferem, quando comparado com o que auferiam em 2021, pese embora o "aumento" de 0,9% anunciado pelo Governo para a Administração Pública».

A AOFA afirma ter «na sua posse centenas de cópias de boletins de vencimento de oficiais, sargentos e praças que comprovam todas estas situações». A mesma associação recorda uma notícia de Agosto de 2019, de acordo com a qual o Presidente da República desafiava o Governo do PS a acabar com a «desigualdade salarial entre magistrados, militares e polícias», e reafirma a sua exigência de uma revisão global do Estatuto Remuneratório dos Militares.

Pelo seu lado, a ANS chama ainda a atenção para a situação dos militares paraquedistas com direito ao suplemento de serviço aerotransportado e que não viram estes «suplementos processados nos boletins de vencimento» de Janeiro e Fevereiro, por atraso na homologação da lista de oficiais, sargentos e praças com direito a este suplemento.

Referindo que este tipo de situações não contribui «para ajudar ou facilitar o recrutamento e a retenção de militares», no momento em que as Forças Armadas se confrontam com dificuldades em recrutar e manter os efectivos, a ANS sublinha ainda que estes episódios «alimentam dúvidas entre os militares que não vêem o mesmo procedimento quando os suplementos a serem pagos têm outra nomenclatura, nomeadamente os chamados "abonos mensais por despesas de representação"».

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