Nos últimos dias, as associações de oficiais (AOFA) e de sargentos (ANS) das Forças Armadas emitiram comunicados denunciando o facto de os militares continuarem «a ver reduzido o valor líquido que auferem, quando comparado com o que auferiam em 2021, pese embora o "aumento" de 0,9% anunciado pelo Governo para a Administração Pública».
A AOFA afirma ter «na sua posse centenas de cópias de boletins de vencimento de oficiais, sargentos e praças que comprovam todas estas situações». A mesma associação recorda uma notícia de Agosto de 2019, de acordo com a qual o Presidente da República desafiava o Governo do PS a acabar com a «desigualdade salarial entre magistrados, militares e polícias», e reafirma a sua exigência de uma revisão global do Estatuto Remuneratório dos Militares.
Pelo seu lado, a ANS chama ainda a atenção para a situação dos militares paraquedistas com direito ao suplemento de serviço aerotransportado e que não viram estes «suplementos processados nos boletins de vencimento» de Janeiro e Fevereiro, por atraso na homologação da lista de oficiais, sargentos e praças com direito a este suplemento.
Referindo que este tipo de situações não contribui «para ajudar ou facilitar o recrutamento e a retenção de militares», no momento em que as Forças Armadas se confrontam com dificuldades em recrutar e manter os efectivos, a ANS sublinha ainda que estes episódios «alimentam dúvidas entre os militares que não vêem o mesmo procedimento quando os suplementos a serem pagos têm outra nomenclatura, nomeadamente os chamados "abonos mensais por despesas de representação"».
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