A Pordata fez estudo divulgado no Dia Internacional da Juventude

O país que perdeu jovens

O número de jovens entre os 15 e os 29 anos diminuiu 6% entre 2001 e 2015, estando entre os que mais emigraram nos últimos anos. Estão também entre os mais penalizados no mercado de trabalho.

O Dia Internacional da Juventude foi criado pela ONU, numa resolução de 1999CréditosElsa Severino / Plataforma 40x25

No período compreendido entre 2001 e 2015, o número de crianças (dos 0 aos 14 anos) diminuiu 203 655, enquanto os jovens registaram uma queda de 604 703. O saldo populacional total foi de -4 646 pessoas. Os dados são da Pordata e foram hoje divulgados pela Lusa, quando se comemora o Dia Internacional da Juventude. Em termos percentuais os números traduzem-se numa redução de 16 para 14%, no caso das crianças (sobre a população total) e de 22 para 16%, nos jovens.

Segundo estes dados, de 2011 a 2014, a faixa etária dos jovens representou, respectivamente, 35,5%, 50%, 39,8% e 39,5% dos emigrantes permanentes. No total, emigraram entre 2011 e 2015, segundo a Pordata, 586 331 pessoas, dos quais destes 189 467 eram jovens.

Podemos ainda constatar que a idade com que os jovens casam aumentou, no mesmo período: nos homens de 27,8 para 32,5, e nas mulheres de 26,1 para 31. O primeiro filho nasce agora aos 30,2 anos, e não aos 26,8 como em 2001.

Os números mostram também que há cada menos jovens no mercado de trabalho. Em 2015 a percentagem oficial de desemprego jovem era de 32% (12,4% de desemprego total oficial).

O ano de 2015 foi o último do governo de PSD e CDS-PP, com uma política marcada pela austeridade, imposta pela troika e caracterizada pela quebra dos salários e a perda do poder de compra.

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