No encerramento do XXI congresso do PCP, que aprovou a resolução política e elegeu os novos órgãos dirigentes, Jerónimo de Sousa, reeleito secretário-geral, chamou a atenção para a deterioração da situação social e para o aumento do número de portugueses vítimas do aprofundamento da exploração, do desemprego e da pobreza.
Uma realidade que, segundo o líder comunista, «não se combate com estados de emergência excessivos e inconsequentes», mas antes «com medidas de emergência social, dando sentido e dimensão ao objectivo de que ninguém deve ficar para trás».
Jerónimo de Sousa reafirmou a necessidade de «travar a destruição de sectores económicos, assegurar o emprego e a vida de muitos milhares de micro e pequenos empresários», assim como de reverter o caminho de recessão económica e impedir o retrocesso social, por via da melhoria das «condições de vida dos trabalhadores e do povo».
Mas relevou também sobre a discussão do Orçamento do Estado para 2021 que, «enquanto alguns desistiam», o PCP deixava «a sua marca e contribuição» em todos os avanços conseguidos, nomeadamente nas medidas dirigidas «aos trabalhadores, aos reformados, às pequenas empresas, à cultura, ao Serviço Nacional de Saúde e aos seus profissionais».
Um congresso que, segundo o líder comunista, demonstrou ser possível uma política alternativa, «assente nos pilares do reforço do aparelho produtivo pondo o País a produzir aquilo que nos obrigam a comprar lá fora», na valorização do trabalho e os trabalhadores, e com o reforço dos serviços públicos e as funções sociais do Estado.
Por fim, o secretário-geral do PCP lembrou, por um lado, que quem não estiver preocupado com a situação sanitária «está distraído» e, por outro, que se há «algum ensinamento a extrair do congresso do PCP é que não existe nenhuma dificuldade intransponível» entre a segurança sanitária e o «exercício de direitos e liberdades».
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