Raríssimas: Paula Brito e Costa constituída arguida

A ex-presidente da associação Raríssimas foi constituída arguida no âmbito da operação Raríssimas desenvolvida pela Polícia Judiciária (PJ) e pelo Ministério Público (MP).

Paula Brito e Costa (E), com a rainha Letizia de Espanha (C) e Maria Cavaco Silva (D) durante uma visita à Casa dos Marcos, Moita, 7 de Novembro de 2014
CréditosMário Cruz / Agência LUSA

Paula Brito e Cunha, segundo avança o Público, está indiciada pelos crimes de recebimento indevido de vantagem, peculato e falsificação de documento, ficando sujeita a Termo de Identidade e Residência.

Estão a decorrer buscas na casa de Paula Brito e Costa, na sede da associação Raríssimas, em Lisboa, à Casa dos Marcos, na Moita, a um gabinete de contabilidade e às instalações da Secretaria de Estado da Saúde, informa a Lusa.

Na operação estão envolvidos 30 elementos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ. A operação está a ser conduzida pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.

Segundo uma nota publicada na página da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), as diligências estão a ser executadas pela PJ, com a intervenção de 18 elementos dessa força policial, acompanhados de dois magistrados do MP, de dois especialistas da Unidade de Perícia Financeira e Contabilística da PJ e nove técnicos da Unidade de Tecnologia e Informação da PJ.

No referido inquérito, adianta a nota, «investiga-se, além do mais, a ilícita apropriação de recursos financeiros de IPSS com actividade na área da saúde, pela respectiva presidente, com recurso a procedimentos irregulares vários, o reembolso de supostas despesas incorridas no exercício dessas funções, através da apresentação de documentação com informações falsas, e o indevido pagamento, por essa IPSS, de viagens a titulares de cargos públicos».

Uma investigação da TVI mostrou documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente da presidente da Raríssimas, Paula Brito e Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro para diversos gastos pessoais.

O caso já provocou a demissão do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que em 2013 e 2014 foi consultor da Raríssimas, com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros, e a demissão de Paula Brito e Costa da presidência da instituição.

A presidente demissionária manteve-se como directora-geral da Casa dos Marcos, o principal projecto da associação, cargo do qual foi suspensa preventivamente esta quarta-feira, no mesmo dia em que ocorreu um protesto dos funcionários da associação contra a sua  presença nas instalações.


Com Agência Lusa

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