A saúde foi um tema transversal a praticamente todos os grupos parlamentares no debate desta tarde na Assembleia da República, nomeadamente quanto às dificuldades que a pandemia veio somar às que já se faziam sentir no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Enquanto os partidos à esquerda do PS apontam para a necessidade do reforço do investimento, nomeadamente em médicos e enfermeiros, à direita clama-se por «melhor» SNS. Uma melhoria que, designadamente na óptica do PSD e do CDS-PP, deveria ser feita, não através do investimento directo no serviço público, mas sim por via da contratualização com as empresas privadas ligadas ao negócio da saúde.
O PS procurou valorizar a acção governativa, com o primeiro-ministro a falar no reforço orçamental do SNS, sublinhando que, só este ano, esse reforço «correspondeu a tudo o que a direita investiu em quatro anos, nomeadamente ao nível da contratação de pessoal».
O BE abordou ainda a questão das parcerias público-privado (PPP), com Catarina Martins a criticar o prolongamento dos «contratos para compensar [as empresas] das perdas ao longo da pandemia».
Por seu lado, o PCP lembrou que, no passado recente, a valorização dos salários e direitos foi um factor determinante para o crescimento e dinamização da economia e a criação de emprego. Jerónimo de Sousa realçou quão «falsa e interesseira era a teoria que anunciava o desastre do País com o aumento dos salários», teoria que hoje, na óptica do PCP, o PSD e «seus sucedâneos» pretendem recuperar, «acompanhando a opinião dos representantes dos grandes interesses económicos».
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