Em declarações aos jornalistas, Orlando Gonçalves, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN/CGTP-IN), lembrou que este «é dos agrupamentos mais mal servidos em termos de funcionários», sendo «impossível gerir» o número de alunos com o actual número de trabalhadores não docentes.
O dirigente do STFPSN reivindicou «mais respeito», salientando que «um País que usa a precariedade e ofende a dignidade dos trabalhadores [...] não está a fazer um bom trabalho quanto à educação das crianças».
A denúncia surge a propósito do anúncio feito pelo ministro da Educação de que serão contratados dez trabalhadores a tempo parcial, os chamados tarefeiros. Orlando Gonçalves sublinha que não há dignidade na contratação de três horas diárias, a 3,5 euros por hora, e critica o facto de a solução ser apresentada como provisória, quando «acontece há mais de uma década».
«Isto não resolve os problemas dos trabalhadores e muito menos dos alunos», afirmou o dirigente, alertando o Governo para a necessidade de admitir mais trabalhadores e «respeitar a importância das escolas».
Orlando Gonçalves dá exemplos do esforço exigido aos assistentes operacionais, nomeadamente o facto de haver escolas do 1.º Ciclo com 96 alunos e apenas um trabalhador não docente, para de seguida deixar um aviso ao Governo. Caso este não assuma a contratação de trabalhadores por tempo indeterminado, os trabalhadores irão encetar formas de luta que poderão passar pelo encerramento indefinido das escolas.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui