|Forças Armadas

Vigília em defesa do «Hospital das Forças Armadas e da saúde militar»

As associações profissionais de militares (ANS, AOFA e AP) convocaram uma vigília para o próximo dia 30, a partir das 17h, em frente à entrada principal do Hospital das Forças Armadas (HFAR).

Militares da Unidade de Elite do Exército Português em parada. Centro de Tropas de Operações Especiais em Lamego, 23 de setembro de 2016.
CréditosNuno André Ferreira / Agência Lusa

Esta iniciativa prende-se com a notícia do Diário de Notícias, segundo a qual o Governo PS tinha travado a renovação de contratos de pessoal do HFAR, nomeadamente assistentes técnicos, técnicos de diagnóstico e auxiliares operacionais, cuja consequência seria a «transferência de doentes, redução das cirurgias, fecho de várias valências e suspensão de 20 mil consultas».

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Oficiais reclamam alterações na Saúde Militar

Os militares em geral e o Sistema de Saúde Militar (SSM) em particular, há muito que aguardam uma reestruturação capaz de ir ao encontro das necessidades e expectativas de quem presta serviço.

CréditosJoão Relvas / Agência Lusa

Esta afirmação consta de um comunicado da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), onde se chama a atenção, «numa altura em que muita tinta tem corrido sobre as eventuais transformações na organização da cúpula das Forças Armadas», para a reestruturação de «um activo estratégico» que é o Serviço de Saúde Militar (SSM) e para as alterações legislativas «que visam os Quadros Especiais de Saúde (QES)».

A AOFA, para além da vontade de participar na elaboração de uma proposta de regulamentação dos QES, assume um conjunto de preocupações que pretende ver esclarecidas, nomeadamente como «inverter as dificuldades de recrutamento e de retenção numa carreira repleta de obrigações e deveres, mas esvaziada de regalias e direitos», sobre o «modelo de prestação de serviço pensado para garantir uma verdadeira diferenciação técnica nas diversas áreas da saúde militar» e a relação dos militares profissionais de saúde com as entidades que regulam a profissão. Mas também outros aspectos que abrangem todos os militares, «do ingresso à aposentação», numa estratégia que atraia os melhores, que estimule e considere a diferenciação profissional, a especialização, a qualidade e o mérito.

Segundo a AOFA, qualquer que seja a reorganização das Forças Armadas, a reestruturação do SSM deve transformar o actual modelo obsoleto de gestão de carreiras num modelo «adaptado a critérios de justiça, coerência, atualidade, modernidade e racionalidade».

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A propósito desta situação, as associações de oficiais e sargentos emitiram comunicados manifestando a sua profunda preocupação com a situação e com as eventuais falhas na operacionalidade das Forças Armadas daí resultantes. Em concreto, a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) denuncia a tentativa de há muito se tentar «mascarar as dificuldades do Sistema de Saúde Militar (SSM), organização de que o Hospital das Forças Armadas é a face mais visível», sublinhando que a actual situação no HFAR «é apenas um vislumbre da gestão política desta instituição e, em concomitância, do SSM: um desastre deliberadamente provocado».

Por seu lado, a ANS afirma que «os riscos inerentes à Condição Militar não são compatíveis com a redução da capacidade cirúrgica», alertando para o facto de os militares prestarem serviço «24 horas - 365 dias por ano» e, por isso, não poderem estar sujeitos «a um horário de funcionamento do Serviço de Urgência entre as 08h00 e as 20h00», e muito menos «ao encerramento desse serviço».

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