A coordenadora do BE, Catarina Martins, explicou que pretende uma taxa sobre quem compra imóveis para os vender com mais valias num curto período de tempo, numa visita à Feira do Relógio, em Lisboa, domingo passado. Esta proposta surge na sequência do negócio que Ricardo Robles tentou fazer com o prédio que adquiriu com a irmão em Alfama.
O embaraço com a situação criada pelo antigo dirigente do BE e vereador na Câmara Municipal de Lisboa levou vários comentadores a sinalizar o desaparecimento súbito do tema da agenda bloquista no último mês e meio. A intenção de incluir este «imposto Robles» no Orçamento do Estado para 2019 surge assim, também, como resposta e tentativa de ultrapassar o caso.
O «imposto Robles» irá penalizar precisamente os negócios idênticos ao que o ex-vereador tentou concretizar. Ricardo Robles comprou, em conjunto com a irmã, um prédio em Alfama à Segurança Social por 347 mil euros em 2014 e, após ter negociado a saída de quase todos os inquilinos e realizado obras no imóvel avaliadas em cerca de 650 mil euros, colocou-o à venda por 5,7 milhões de euros.
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