Em nota, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) afirma que «os resultados demonstram que há um enorme descontentamento dos trabalhadores das empresas referidas, pelo facto de o Governo não estar a cumprir os acordos estabelecidos na CP em Fevereiro, na EMEF em Abril e na Infraestruturas de Portugal (IP) em Maio deste ano».
«Esta é uma luta de todos a partir de processos distintos que estão perante o mesmo bloqueio do Governo e o que se exige é que haja negociação séria e construtiva», lê-se ainda no comunicado.
Segundo a Fectrans, nas empresas do grupo IP houve uma elevada adesão, sendo que em alguns locais ultrapassou o esperado. Tal traduziu-se, na parte ferroviária, no encerramento de estações e de cabinas de circulação, enquanto que na parte rodoviária houve uma redução significativa da actividade , com o encerramento dos centros de atendimento regionais de Braga, Viana do Castelo, Bragança, Vila Real, Santarém, Porto, Faro, Évora e Beja e com adesão de 90% em Leiria.
Houve também uma grande adesão dos trabalhadores da CP, que levou ao encerramento das bilheteiras e à paralisação de todos os comboios de longo curso e esmagadora maioria dos regionais, bem como imensas supressões dos comboios suburbanos de Lisboa e Porto.
Segundo a CP, até ao meio-dia realizaram-se 211 comboios dos 569 previstos, com os serviços mais afectados a serem o regional, que realizou apenas 10 comboios de 149. Em Lisboa circularam 48% das composições dos suburbanos, num total de 136 em 284. Já nos urbanos do Porto estavam ao serviço apenas 65 comboios.
Por outro lado, na EMEF «houve o encerramento da maioria das oficinas e as que estão a ter algum funcionamento é, essencialmente, com recurso aos trabalhadores recentemente admitidos na empresa e com algumas chefias», relata a Fectrans.
O transporte de mercadorias, em virtude da greve na IP, foi reduzido ao transporte de mercadorias perigosas, nos termos dos serviços mínimos.
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