Está em causa o serviço prestado

TST: média diária de 90 autocarros imobilizados por avaria

Os Transportes Sul do Tejo funcionam com lacunas na manutenção. Há falta de autocarros, que estão imobilizados por avaria, levando ao não cumprimento do serviço programado.

A TST é parte integrante do grupo Arriva, que pertence ao Deutsche Bahn.
CréditosMário Cruz / Agência LUSA

A União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN (USS) denuncia que a gestão que o grupo Arriva tem vindo a efectuar nos Transportes Sul do Tejo (TST), tem degradado o serviço prestado. Acusa ainda, num comunicado de imprensa, que a empresa tem «tentando virar utentes contra trabalhadores dos TST, com a finalidade de esconder os seus actos de gestão prejudiciais ao bom funcionamento da empresa».

A estrutura sindical enumera diversas razões para a degradação do serviço. A frota degradada, tendo em conta que a média diária são mais de 90 autocarros imobilizados por avaria e mais de 15 desempanagens, é uma delas.

«A média diária são mais de 90 autocarros imobilizados por avaria e mais de 15 desempanagens»

O resultado de tal gestão tem como consequência a ausência de cumprimento do serviço programado (fixado nos horários) que leva a que «milhares de utentes fiquem privados dos transportes».

A USS acusa ainda a empresa de responder «falaciosamente» perante as reclamações dos utentes, argumentando que o serviço não se realiza devido à falta de motoristas. A nota informa que o que se verifica é a falta de autocarros, que estão imobilizados por avaria e por falta de recursos humanos no sector de manutenção dos TST, alertando ainda para a situação de precariedade do recurso a trabalhadores estagiários para a resolver a falta de mecânicos e electricistas, em vez da efectiva contratação.  Estimam que faltam «cerca de duas dezenas de trabalhadores nesta área». Tendo em conta esta situação, a USS revela que são dezenas de motoristas que todos os dias se apresentam ao serviço e não têm viatura para trabalhar.

Para além do que é reportado, a nota alerta ainda para os baixos salários dos trabalhadores, que são de 600 euros.

A União dos Sindicatos de Setúbal demonstra a sua preocupação e alerta para o facto de tal gestão estar a «degradar um serviço público entregue a uma empresa privada, serviço este que visa a mobilidade da população e não o seu encarceramento em casa por falta de um serviço que deve estar acessível à população da península de Setúbal».

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