A greve dos trabalhadores da Petrogal (grupo Galp Energia), que detém as refinarias de Sines e Leça de Pameira, cumpriu hoje mais uma semana. O protesto foi iniciado a 17 Dezembro e surge aos demais que marcaram 2018.
A paralisação foi convocada pelo Sindicato da Indústria e Comércio Petrolífero (SICOP) e pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN).
A paralisação é motivada pela insistência da administração da Petrogal/Galp em caducar o contrato colectivo, com os trabalhadores a acusar esta de «manobras dilatórias, fingindo que quer negociar». Afirmam ainda não entender como é que pode alegar «dificuldades económicas» para fundamentar o pedido de caducidade, tendo tido «lucros fabulosos» de 602 milhões em 2017.
Em declarações ao AbrilAbril, José Santos, dirigente sindical da Fiequimetal, afirmou que a adesão global à greve, comparando com os resultados iniciais, subiu para os 85% na refinaria do Porto, mantendo-se com os casos de 100% nos serviços dos camiões de cisterna e no terminal da Petrogal em Leixões.
«Nenhum navio atracou ou foi abastecido, os camiões-cisterna continuam em fila de espera, sem qualquer abastecimento para distribuição, os serviços de manutenção estão completamente paralisados e a produção está apenas com os serviços mínimos impostos», acrescentou.
Já mais a sul, na refinaria de Sines, a Fiequimetal salienta, em comunicado de imprensa, que a adesão dos trabalhadores à greve «ganha mais força a cada dia que passa». Nomeadamente, a adesão inicial de 70% subiu, aproximando-se dos números do Porto, havendo também vários serviços com paragens totais.
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