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Fechar o serviço de urgência pediátrica do Garcia de Orta é «irresponsável»

O serviço de urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta, em Almada, recebe mais de 150 crianças por dia mas tem encerramento anunciado por falta de médicos. Utentes falam de «atitude irresponsável».

Créditos / Saúde Online

Está anunciado que, a partir do dia 13 de Abril, o serviço de urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta vai fechar por falta de especialistas e que as crianças serão transferidas para os centros de saúde, sem triagem médica.

Num conferência de imprensa ao final da manhã, promovida pela Comissão de Utentes do Concelho do Seixal, com a presença de dirigentes sindicais do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) e do Sindicato dos Médicos da Zona Sul/Federação Nacional dos Médicos (SMZ/FNAM), ouviram-se críticas à decisão anunciada. Seja porque o Garcia de Orta, que serve meio milhão de pessoas, atende diariamente entre 150 a 170 crianças, seja pela ausência de resposta e investimento nos cuidados primários de saúde.

No átrio do hospital, utentes e profissionais de saúde exigiram a reabertura dos serviços de atendimento permanente (SAP), durante 24 horas, no Seixal, Amora e Almada, bem como a manutenção do serviço de urgência pediátrica no Hospital Garcia de Orta, considerando «inaceitável e irresponsável» colocar em causa a qualidade da saúde infantil.

Para que tal aconteça, admitiu João Proença (SMZ/FNAM), «é preciso contratar de imediato, pelo menos, sete ou oito especialistas».

O clínico denuncia que o Hospital Garcia de Orta se tornou um «grande hospital de urgência», que funciona com «um ou dois chefes de equipa», sendo as restantes contratações realizadas através de empresas de trabalho temporário. «Para ser um hospital de excelência é preciso haver equipas tecnicamente capazes, hierarquizadas e dirigidas por pessoas especialistas», reforçou.

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