O presidente executivo do BPI, Pablo Forero, interrogou-se sobre as condições de concorrência face a outras instituições bancárias internacionais: «Se alguém vem aqui fazer negócios sem investir em nenhuma caixa automática, por que têm de ser gratuitas?»
Já Paulo Macedo, da CGD, disse que o entendimento do banco público «é que se é uma questão de prestação de serviço, se o serviço tem valor, deve ser pago». O presidente executivo do banco público, que em 2018 foi criticado por tentar fazer «razia aos direitos dos trabalhadores», argumentou esta quarta-feira que «não é justo achar que os trabalhadores do banco não devem ser remunerados pelo serviço que prestam».
Por sua vez, o líder do Novo Banco, António Ramalho, afirmou que «a resposta é sempre a mesma [que a dos outros presidentes executivos], não há outro racional», e que «é muito difícil lá fora explicar que [o multibanco] é um serviço subsidiado», uma vez que normalmente cada banco tem a sua máquina automática.
Referindo-se às anuidades, António Ramalho considerou ainda que «20 euros» não são «caros» por um cartão «que faz um conjunto de funções notável».
Ontem, durante a apresentação dos lucros obtidos pelo Santander Totta (que recebeu o Banif das mãos do Estado português) no primeiro trimestre do ano, o presidente executivo, Pedro Castro e Almeida, já tinha criticado por várias vezes a isenção de encargos para os clientes do sistema multibanco.
Apesar dos 137,3 milhões de euros de lucro (mais 5,2% face ao mesmo período de 2018), Pedro Castro e Almeida vituperou: «Aqui em Portugal temos custos de contexto interessantes, não se paga taxas nas ATM (caixas multibanco automáticas) e isso tem custos para o banco, tal como o MB Way tem custos para o banco.»
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