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Parlamento quer acção do Governo para manter DURA na Guarda

Após as acções de luta dos trabalhadores da DURA Automotive, a Assembleia da República aprovou, por unanimidade, uma resolução do PCP, exigindo que o Governo impeça o encerramento da fábrica.

Trabalhadores concentrados à porta da DURA, na Guarda, 15 de Abril de 2019
Créditos / Jornal o Interior

No passado dia 10 de Maio, a Assembleia da República aprovou, por unanimidade, uma proposta de resolução dos comunistas que urge o Governo a tomar todas as medidas ao seu alcance para salvaguardar a continuidade da DURA Automotive, em Vila Cortês do Mondego, no concelho da Guarda.

Em causa está a intenção da Magna Boco, fornecedora da Mercedes e uma das principais clientes da Dura Automotive, responsável por metade da facturação da fábrica, de retirar as suas encomendas e moldes até finais de Agosto de 2019, com o intuito de deslocar a produção para a Índia.

Salientando que o Executivo do PS já tinha sido alertado para a questão meses atrás, a resolução do PCP sublinha que «a Guarda e o Interior do País não podem perder mais uma unidade industrial», num contexto de crescente desertificação, nem os mais de «160 trabalhadores e suas famílias podem perder o seu sustento».

«A valorização do Interior não se pode ficar apenas pela criação de programas, unidades de missão ou mesmo secretarias de Estado "no Interior". Os territórios do Interior precisam de actividade produtiva, emprego com direitos e serviços públicos de qualidade para a fixação das populações e o desenvolvimento», lê-se.

Nesse sentido, os comunistas afirmam ser «necessário que o Governo assuma todas as suas responsabilidades», usando «todos os instrumentos ao seu alcance para impedir o encerramento da empresa, a redução dos postos de trabalho e assegurar o cumprimento dos direitos dos trabalhadores» desta fábrica da Guarda.

Trabalhadores da DURA Automotive exigem medidas

Em Abril, mais de uma centena dos trabalhadores da DURA Automotive reuniram-se à porta da unidade industrial, em plenário, para decidir linhas de luta contra a preocupante situação e o silêncio da administração.

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Norte (CGTP-IN) afirma que foram requeridas reuniões à Câmara Municipal da Guarda e ao Ministério da Economia, com «o intuito de encontrar formas de ultrapassar esta situação».

Segundo o sindicato, os trabalhadores aprovaram ainda no plenário uma deslocação ao Ministério da Economia, caso «não exista uma resposta positiva à exigência de serem ouvidos acerca das suas preocupações».

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