Em declarações à imprensa proferidas no Aeroporto de Maiquetia, o ministro venezuelano da Saúde, Carlos Alvarado, informou que este novo lote consiste, sobretudo, em material médico-cirúrgico necessário aos hospitais públicos e do Instituto Venezuelano de Segurança Social.
Este fornecimento enquadra-se num acordo bilateral entre ambos países para fazer frente às consequências do bloqueio «ilegal e criminoso» imposto à Venezuela pela administração dos Estados Unidos e os seus «cúmplices internacionais», indica a VTV.
Carlos Alvarado disse ainda que este carregamento (em que se incluem gaze, medicamentos, material cirúrgico e material diverso) se vem juntar a outros anteriormente enviados por China, Rússia, Organização Pan-americana da Saúde, UNICEF e Cruz Vermelha Internacional, que perfazem 356 toneladas.
«Isto ajuda a aliviar a situação gerada pelo bloqueio. Não é tudo aquilo de que se necessita, mas ajuda muito», disse Alvarado, referindo-se ao facto de o seu país ter retidos milhões de dólares e euros em bancos europeus – o que tem impedido a compra directa de medicamentos –, bem como ao sequestro de material já comprado e retido em países aliados dos EUA.
De acordo com o ministro, a Venezuela já negociou, através do governo chinês, 104 milhões de dólares em compras directas de materiais médicos à China, que devem chegar em Junho. Com essa remessa, a Venezuela irá adquirir um valor superior ao requerido pelo país em termos de medicamentos, equipamentos e materiais de saúde, refere a VTV.
A segunda remessa chegou no dia 13
O segundo avião proveniente da China com assistência técnica humanitária chegou a Caracas na passada segunda-feira, contendo 71 toneladas de medicamentos e material cirúrgico. Carlos Alvarado sublinhou, então, que o objectivo é dar continuidade ao fortalecimento do Sistema Público Nacional de Saúde e, desse modo, continuar a dar resposta ao «bloqueio económico imposto pelo imperialismo norte-americano».
Caracas recebeu o primeiro carregamento com medicamentos da China – 75 toneladas – em 29 de Março último. Essa remessa era constituída por medicamentos para diabéticos, analgésicos e material cirúrgico, segundo informou, então, o vice-presidente pata a Área Económica, Tareck El Aissami.
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