O número foi revelado pela Confederação Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP) numa nota de imprensa emitida ontem a propósito da jornada de protesto e na qual se afirma que os trabalhadores peruanos «não vão renunciar aos direitos conquistados».
A greve geral, convocada pela CGTP – a maior central sindical do Peru – e pela Assembleia Nacional dos Povos (ANP), contou com o apoio de outras centrais sindicais, de várias associações e organizações sociais, e de partidos políticos de esquerda, sobretudo da Frente Ampla, do Movimento Novo Peru e do Partido Comunista Peruano.
Em declarações à imprensa, o secretário-geral da CGTP, Gerónimo López, destacou a elevada adesão em diversas regiões do país, como Arequipa e Moquegua; Junín, Huánuco, Apurímac e Ayacucho; La Libertad, Áncash e Puno, bem como Loreto e San Martín.
O dirigente sindical disse que houve cortes de ruas e de estrada em várias cidades, assim como grandes mobilizações, nomeadamente na capital do país, Lima, tendo sublinhado que, se o governo insistir numa política a favor do patronato, «o movimento popular tomará medidas de protesto mais duras».
Denunciar política contra os trabalhadores e camadas não monopolistas do país
Os promotores desta greve geral sublinharam a necessidade de combater uma reforma laboral que favorece os interesses das transnacionais e da oligarquia local, e ataca direitos conquistados pelos trabalhadores – redução do número de dias de férias, eliminação de subsídios, facilitação dos despedimentos, aumento da precariedade, entre outros aspectos.
A este propósito, a dirigente da CGTP Carmela Sifuentes disse à TeleSur que, com o decreto em defesa da produtividade e da competividade, o governo peruano está a atacar os direitos dos jovens, que «deixam de ter trabalho fixo, estável».
A jornada de protesto, que uniu trabalhadores dos sectores público e privado, visou ainda denunciar o aumento do custo de vida, a falta de emprego, a insegurança, as privatizações nos sectores da Saúde e da Educação, bem como a corrupção e a injustiça fiscal.
Na nota de imprensa que emitiu, a CGTP reitera o compromisso de continuar a lutar até conseguir derrotar a reforma laboral, de modo a «impedir a precarização do emprego e a criação de regimes laborais esclavagistas».
Criticou ainda a política de «ausência e ouvidos moucos» por parte do presidente do Conselho de Ministros, reafirmando que as políticas de produtividade e competitividade estão destinadas ao fracasso quando não têm em conta os interesses de quem produz.
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