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Azerbeijão preside ao Movimento dos Não Alinhados

O presidente do Azerbeijão, Ilham Aliyev, assumiu esta sexta-feira a presidência do  Movimento dos Países Não Alinhados (MPNA) para o próximo triénio, sucedendo a Nicolás Maduro. 

Ilham Aliyev e Nicolás Maduro
Créditos / Prensa Latina

Aliyev foi empossado na XVIII cimeira do MPNA, que arrancou hoje em Baku, capital do Azerbeijão, onde assumiu o compromisso de respeitar e fazer cumprir os princípios fundamentais da organização.

O novo presidente do MPNA defendeu a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) e rejeitou a ingerência nos assuntos internos dos Estados, ao mesmo tempo que alertou para a necessidade de envidar esforços a favor dos pequenos Estados insulares que estão a ser ameaçados pelas consequências das alterações climáticas.

Ao longo da sua intervenção, Ilham Aliyev referiu-se à realidade do Azerbeijão, designadamente à luta contra a pobreza e ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). 

Tendo em conta relatórios de organizações internacionais que reconhecem o progresso neste país da Eurásia e do Mediterrâneo, com cerca de dez milhões de habitantes e vastos campos de petróleo e gás,  Aliyev atestou que, nos últimos anos, foram reconstruídas «inúmeras escolas e hospitais».

Após o seu discurso, o presidente azeri deu a palavra ao presidente da Assembleia Geral da ONU, o nigeriano Tijjani Muhammad-Bande, que reconheceu que o Conselho de Segurança não representa a realidade do século XXI, devendo, tal como outros órgãos da ONU, ser reformado.

Alternativa ao capitalismo

No discurso inaugural da cimeira, o presidente cessante do MPNA, Nicolás Maduro, instou o movimento a encontrar um modelo económico alternativo ao capitalismo, que seja capaz de defender a soberania e a autodeterminação das nações.

«O nosso movimento tem que projectar no futuro uma alternativa ao modelo desumano, segregacionista, que gera miséria e sofrimento ao nosso povo, que pretende impor o Fundo Monetário Internacional (FMI)», defendeu. 

Neste sentido, Maduro aproveitou a oportunidade para denunciar o «colapso estrutural, económico, institucional e social dos países», resultante das políticas aplicadas pelo FMI, e sublinhar a importância de realizar alterações profundas nas estrutura económica internacional de forma alcançar uma distribuição justa da riqueza. 

O presidente da Venezuela felicitou ainda Evo Morales pela vitória alcançada nas eleições de 20 de Outubro, na Bolívia, e sublinhou a necessidade de se «reconhecer a sua legitimidade».  

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