Num comunicado enviado ao AbrilAbril, a FNAM admite que os recentes casos de violência contra médicos, nos distritos de Lisboa e de Setúbal, reflectem o «estado de degradação» do Serviço Nacional de Saúde (SNS), tal como a «desresponsabilização do Ministério da Saúde quanto à garantia do direito à saúde do cidadão».
Sublinha que a população «desespera por cuidados atempados e de qualidade», e que os médicos, estando na linha da frente do SNS, «são um alvo fácil» para o seu descontentamento.
«A ausência de condições adequadas de segurança no local de trabalho é da responsabilidade das instituições de saúde, que tacitamente descuram os seus profissionais», lê-se na nota.
Neste sentido, a FNAM exige condições para os médicos tratarem «adequada e atempadamente» os seus doentes, a par de investimento em estratégias e mecanismos de segurança nos estabelecimentos de saúde, como previsão de circuitos de fuga, botões de emergência e equipas de segurança.
Protocolos instituídos pela entidade empregadora que garantam o correcto acompanhamento dos profissionais agredidos e policiamento, designadamente nas urgências hospitalares, são outras reivindicações da federação.
A FNAM reclama ainda um enquadramento legal específico para a agressão contra o profissional de saúde no exercício das suas funções e o reconhecimento à profissão médica do estatuto de risco, desgaste rápido e penosidade acrescida.
A estrutura denuncia que a ministra da Saúde «continua a não responder» aos pedidos de reunião por parte dos sindicatos, «recusando assim auscultar os problemas laborais dos médicos».
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