Decorre durante o dia de hoje uma greve dos enfermeiros na Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, que se consideram penalizados pelo adiar da resolução dos problemas.
Em declarações ao AbrilAbril, Fátima Monteiro, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), contou que estes profissionais estão à espera há dois anos da concretização das suas progressões, mas que continua a não existir resposta aos seus problemas.
«Os enfermeiros não podem ser penalizados na contagens dos pontos por haver períodos não avaliados, nem penalizados na progressão por não haver capacidade de resposta administrativa da parte da ARS», referiu. Algumas unidades aderiram a 100% e é «claro» o sentimento de injustiça face aos atrasos do processo.
Também Alfredo Botelho, dirigente do SEP que veio de Trás-os-Montes, esteve presente na concentração que teve lugar junto às instalações da ARS no Porto e que juntou várias dezenas de enfermeiros de toda a região. «Já houve tempo mais do que suficiente para se tomarem decisões», disse.
Lembrando que até à data os enfermeiros ainda não foram informados do número de pontos para a progressão que deveria ter efeitos retroactivos a Janeiro de 2018, admitiu que pensaram desconvocar a greve, mas que «na reunião de dia 24 a resposta da ARS foi o mesmo que nada; continuam a dizer que estão a estudar o caso».
A luta continua já na sexta-feira, uma vez que os enfermeiros se vão juntar aos protestos da Função Pública. «No final da concentração ouvia-se os "até sexta" entre os enfermeiros que no dia 31 vão exigir o aumento dos salários para a administração pública», frisou o dirigente.
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