O presidente dos EUA decidiu suspender as entradas no país, durante trinta dias, aos viajantes oriundos da Europa, excepto os do Reino Unido, com o objectivo de evitar a entrada de novos casos de coronavírus em solo norte-americano.
Esta medida sucede a outras já tomadas por Donald Trump, nomeadamente o elevar do alerta de coronavírus em Itália para os níveis 3 e 4 – «evitar viagens» e «não viajar» para as regiões do norte de Itália e para a China. Isto, para além de outras medidas de precaução para os cidadãos americanos que viajam para outros países e suspensão de alguns voos como, por exemplo, para Milão.
Entretanto, estas medidas não afectam o Defender-Europe 20, que se realizará nos meses de Abril/Maio, um exercício multinacional liderado pelos EUA que envolve o maior destacamento de forças americanas no continente europeu nos últimos de 25 anos, isto é, o envio de 20 mil soldados para a Europa.
Assim, a propagação do coronavírus parece não ser problema nem para Trump nem para os líderes europeus, considerando que para além dos norte-americanos participarão também cerca de 7 mil militares de outros países membros da NATO, incluindo a Itália.
Aliás, considerando que também está previsto que Portugal seja palco deste exercício, aguarda-se com expectativa a posição do Governo português.
A verdade é que, à medida que o Defender-Europe 20 avança, vão chegando à Europa tropas, veículos militares e outros equipamentos para além do movimento militar dos países europeus membros da aliança atlântica.
Será que os militares, designadamente os norte-americanos, são imunes ao COVID-19 ou os líderes da União Europeia puseram a máscara nos olhos?
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